O foco: a criança. O objetivo: resgatar o lado sadio.
Essa é a proposta do grupo Remédicos do Riso, que trabalha junto às crianças da Pediatria e do Transplante de Medula Óssea do Hospital Amaral Carvalho de Jaú. Através das artes cênicas, da mímica, do teatro, e principalmente dos movimentos do clown (os quais são suaves), o grupo utiliza técnicas para conseguir um simples sorriso. “Por menor que ele seja, já salva a nossa atuação, mas nem sempre conseguimos isso. Quando não acontece, tentamos através de diversas técnicas, como a utilização da bolha de sabão, trazer à tona a alegria daquela criança fragilizada pela doença”, diz Rogério César Fabre, um dos coordenadores do grupo.
O trabalho do grupo foi inspirado no “Doutores da Alegria”, que é uma ONG voltada a ajudar crianças em sua recuperação. O Remédicos do Riso teve seu trabalho iniciado há 10 anos, e desde então o grupo passou por várias mudanças. Essa nomenclatura foi adotada em julho de 2009 e o grupo contava com 16 integrantes à época. Na terça-feira passada (23/11/2010), houve uma junção com mais 22 pessoas, as quais passaram por uma preparação.
Inicialmente, a pessoa que deseja ser um Remédico precisa fazer sua inscrição através do e-mail do grupo (remedicosdoriso@hotmail.com). Em seguida, um dos coordenadores entra em contato com o candidato, o qual passa por uma avaliação de uma psicóloga. Se aprovada, a pessoa começa a freqüentar as oficinas com a participação de uma psicóloga, uma psicoterapeuta, uma musicoterapeuta e um professor de artes cênicas e mágicas. “O mais engraçado é quando a mágica não funciona”, diz Rogério. Essas oficinas são mensais, intercaladas durante o ano, e buscam aflorar um pouco do artista que existe dentro daquela pessoa.
Neste momento, o grupo totaliza 38 pessoas, das mais diversas profissões. Com esse aumento, pretende expandir sua atuação para outras áreas do hospital. “Hoje existe uma lista de espera de 30 pessoas para fazerem parte do grupo”, salienta Rogério.
“O trabalho é extremamente gratificante e traz uma imensa realização.”
Karoline Maria C. França Pinto (Estudante do 3º período de Jornalismo - Faculdades Integradas de Jaú - São Paulo)